30/09/2024
Câncer infantojuvenil: sintomas e diagnóstico precoce
Dra. Silvia SaulloPatologista Clínica/ Clínica Médica
O câncer infantojuvenil é um grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, podendo ocorrer em qualquer local do organismo.
No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, correspondendo a 8% do total. Os tipos mais comuns incluem leucemia, tumores cerebrais, linfomas, sarcomas e neuroblastomas.
Quais os sintomas do câncer infantojuvenil?
Os sintomas podem variar dependendo do tipo de câncer, mas de um modo geral incluem:
Febre persistente;
Cansaço extremo;
Perda de peso inexplicada;
Dor contínua;
Inchaços incomuns e sangramentos anormais.
Caso note esses sintomas, procure um especialista para investigar quais são as causas desses problemas.
Diferença entre câncer infantojuvenil e outras doenças
Vale ressaltar que os sinais e sintomas do câncer são muito parecidos com as doenças comuns em pediatria, então num primeiro momento, outras causas são procuradas. Porém, se o sintoma persistir sem uma causa definida, é preciso investigar mais a fundo.
Por exemplo, a febre, é comum a uma série de doenças, mas se a criança apresenta uma febre recorrente, associada a um aumento do tamanho da barriga, palidez, desânimo, manchas roxas pelo corpo, dor óssea, é preciso uma atenção maior e ampliar o leque de possibilidades.
Diagnóstico precoce e exames
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento bem-sucedido. Se você tem dúvidas sobre algum sintoma de seu filho, consulte um médico, não deixe passar. Faça os exames de rotina. O hemograma, por exemplo, é um exame simples, rotineiro e que pode nos direcionar para o diagnóstico de uma leucemia.
Quando a criança recebe um diagnóstico de câncer é muito importante que a família seja acolhida e orientada por uma equipe multiprofissional, pois o tratamento envolve muitos procedimentos. Então, uma conversa franca pode ser importante para diminuir a angústia tanto dos pais como da criança/adolescente.
Vão surgir perguntas como: “o que é esse caroço aqui?”, “porque eu tenho que tomar esse remédio?”, “posso voltar para a escola?” e é importante construir recursos e respostas para lidar com os medos e ansiedades. Isso fortalece o vínculo e ajuda no tratamento.
Com relação a como responder, basta dizer de maneira simples aquilo que a criança perguntar e assim, contribuir para que os procedimentos sejam menos invasivos e dolorosos. Os recursos de enfrentamento da criança ou adolescente são surpreendentes quando se sentem amados e acolhidos.
Aqui no Franceschi realizamos exames de análises clínicas de forma acolhedora e com o carinho e cuidado que seu filho merece.
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